Foto por Annie Spratt, via Unsplash. |
Porque não podem ser ditas.
Não por segredo,
Apenas por não caberem em palavras,
Não caberem em fonemas.
Como poderei dizer-te?
Como poderei contar-te?
A ti?!
Uma luz incontável.
Um Azul...
Que acende almas
E aquece corações.
Como poderei contar...
Aquele teu brilho no olhar?
O brilho de menino,
Escondido no homem,
Que espreita à janela.
Como poderei contar...
Aquele teu sorriso desprevenido?
Um sorriso fugido
Pelas brechas da compostura.
Conto-te aqui.
Ancoro nestas palavras
Apenas trinta segundos
Trinta segundos
De ti,
Da tua Luz,
Do teu Brilho,
Do teu Sorriso.
Trinta segundos
Para serem lidos
Por mais trinta segundos,
E mais trinta segundos...
Uma eterna leitura de um olhar
Que não pode ser contado.
Que não pode ser olhado.
Um olhar,
Um sorriso,
Uma vida em duas.
Em apenas trinta segundos.
Em loop...
Até que as palavras se rompam
Ou a tua Luz se extinga
Ou a minha Alma se apague.
O que acontecer primeiro.
Texto escrito pela escritora portuguesa Celina Sampaio, a partir da proposta da Blogagem Coletiva de novembro de 2020, que teve como tema coisas não ditas. A Blogagem Coletiva estimula os nossos autores a escreverem partindo de temas escolhidos pelos participantes do Projeto Escrita Criativa, em nosso grupo do Facebook. Para participar da nossa comunidade e votar no próximo tema, clique aqui.
2 Comments
Oi
ResponderExcluircurti o poema, não conhecia essa autora Celina Sampaio.
http://momentocrivelli.blogspot.com/
Que poema mais encantador !!
ResponderExcluirMe apaixonei pela escrita, vou pesquisar mais sobre a autora!!
Amei
beijos
Taty
https://conclusoesliteraria.blogspot.com/